A lei que autoriza cassinos no Brasil acorda competidores
Uma lei que autoriza cassinos no Brasil também mexe com competidores de mercado. Nesses momentos em que o Brasil está caminho a explorar seu potencial em jogatinas e cassinos, quem já está dentro do mercado percebe e reage.
Um claro exemplo é a recente fusão de dois megaempresas dedicadas ao ramo de cassinos na América Latina. Vamos aprofundar e analisar a situação, de acordo ao recente contexto em que os jogos, cassinos e loterias vão rumo a regularização no Brasil.
Lei que autoriza cassinos no Brasil e as repercussões na região
A audiência pública levada adiante no Congresso Nacional na ante última semana do mês de maio de 2019, está gerando movimentos na região. Muitas informações foram compartilhadas por especialistas nacionais e internacionais com o intuito de que o Brasil gere regulações seguras.
Evidentemente, o Brasil esteve atento aos movimentos e falas na audiência. Mas, certamente, aqueles que já trabalham no ramo, agiram de acordo com as possíveis modificações no terreno. Incluindo a eventual entrada do Brasil no mercado global de cassinos.
No dia 28 de maio de 2019 foi anunciada uma fusão dentre dois gigantes do ramo dos cassinos na região sul do continente americano. *
Que aconteceu?
SunDreams, Clairvest Chile e Marina del Sol unem-se na criação e gestão de mais opções de cassinos. Os resultados de esta união comercial são 10 dos 26 cassinos chilenos além da gestão dos territórios na Colombia, no Perú e na Argentina. A empresa rival (após a fusão) será a Enjoy que tem hoje em día 9 cassinos.
Consequentemente, os 3 parceiros teriam no seu poder mais 8 licenças, já ativas no Perú além de outras 3 na Argentina e na Colombia. Aliás, o Presidente de Marina del Sol sempre quis expandir seus negócios no Perú.
A fusão está em processo, estima-se que será concretizada antes do fim de 2019. A projeção na região serão mais 3 cassinos no Chile. Embora Puerto Varas vai para Enjoy, está prestes a abrir o complexo Chillan.
Igualmente, assim como no Brasil as regulações estão em processo, essa fusão dentre as 3 empresas ainda deve obter uma aprovação. A vênia deve vir desde o FNE (Fiscalía General Económica), o órgão análogo ao nosso Gabinete do Procurador Econômico Nacional.
A bolsa espera com expetativa
Caso, a fusão acontecer o Presidente de Marina del Sol, Nicolás Imschenetzky, disse que serão abertas as portas das ações da empresa resultante na bolsa. Não especificou em que forma, mas já estão claros quais os passos e as ambições deste grupo.
Eventualmente, os acionistas da SunDreams terão 64% das empresas combinadas e Clairvest e Marina del Sol serão as proprietárias do outro 37% das participações.
Chile será a base geográfica do grupo e com o dinheiro arrecadado buscará mais expansões na região. De qualquer forma, a fusão está em processo de due dilligence.
Perspectivas, o equilíbrio e a conclusão –por enquanto-
Consequentemente, a fusão dessas 3 empresas está também em processo de análise. Due dilligence é um termo usado em aquisições corporativas quando há uma fusão em processo e há informação sendo checkada. Isto é, um processo de averiguações onde as empresas avaliam e pesquisam a solidez e liquidez dentre elas e da fusão per se.
Por enquanto, as novas regulações para o ramo das jogatinas, apostas e cassinos estão sendo criadas e discutidas. Desde a audiência pública levada adiante no Congresso Nacional, vislumbram-se regulações mais claras, talvez trazendo novos negócios pela frente.
Assim, nesse “equilíbrio” onde o Brasil e as empresas competidoras movimentam-se para progredir, vemos a movimentação do mercado como micro-organismos. Reagindo, se adaptando, avançando de acordo as novas realidades.
Então, a noção de que o mercado está em movimento constante é uma das chaves. De fato, para comprender o que acontece em -quase- todas as faces da vida. Entretanto, nesse momento específico, há muito em jogo para o Brasil incluindo a própria estabilidade. E, sendo parte de um ecosistema maior, também.
Certamente, continuaremos a informar, siga as novidades e confira!
*Fontes: GMB / La Tercera Chile